Conta-se que o povo de Faro pediu a São Tomás de Aquino para não deixar entrar a peste na cidade. Depois de muito orarem, São Tomás de Aquino fez o milagre: a peste não entrou nas portas da cidade. Em retribuição do milagre, Dom Francisco Gomes de Avelar, antigo bispo de Faro, encomendou uma imagem do Santo a Itália país conhecido pelos seus belos mármores, para ser colocada no nicho no Arco da Vila. Quando a imagem chegou a Faro vários homens a tentaram içar mas sem sucesso. Seguiram-se, dias, semanas e meses, e não havia ninguém que conseguisse içar a imagem até ao nicho. Falava-se até numa “birra” do Santo. Foi então, que o bispo se deslocou ao local, e disse um segredo à imagem do Santo de Aquino. Imediatamente o bloco de mármore tornou-se leve como uma pena e o Santo foi içado para o seu nicho, ficando desde então a acolher todos os que entravam na cidade.

Qual terá sido o segredo que convenceu o Santo a assumir o seu lugar? Foi este o desafio que uma estranha mulher, vendedora de chás e de pós de bem querer nos desocultou no dia 7 de setembro: o dia da cidade de Faro.

A esta revelação seguiu-se um momento musical com uma cantiga da época do santo padroeiro de Faro, interpretada pelo coral Cantate Domino. Foi complementada com a interpretação de dois temas musicais do património litúrgico, assinadas por Tomás de Aquino, junto ao seu retrato na Sé de Faro.

Esta lenda foi enquadrada pelo historiador Marco Lopes, Diretor do Museu Municipal de Faro.

Ficha técnica:
Texto e Encenação: Ana Cristina Oliveira e António Gambóias
Elenco: António Gambóias, Ana Isabel Baptista Joana Farnandes, Maria Roque e Rita Brito
Participação Musical: Coral Cantate Domino, com direção de Rui Jerónimo

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