Um texto de Ana Cristina Oliveira sobre as relações pessoais no séc. XXI

Relações abertas, casamentos modernos, abolição total de valores. O ciúme como categoria infra humana. Onde nos irão levar estes pressupostos na vida de quatro pessoas? Este é um texto sobre pessoas. E afectos. E traições e desilusões. Três personagens orbitam à volta de uma outra: Margarida.

Margarida é uma mulher que abdicou da responsabilidade de mãe e educadora em prol de um projecto de vida diferente. Quando o seu filho atinge a idade de 25 anos é a altura de fazer um balanço do que foi a sua decisão.

Rodrigo é o seu companheiro, o seu cúmplice na relação sui generis que criaram. De que forma Rodrigo encara, passados 26 anos a sua companheira e mãe do seu filho? Será que mesmo os casamentos menos convencionais resistem à rotina e ao peso do quotidiano?

Paula é uma jovem fotógrafa, com metade da idade de Margarida. Constroem uma relação cordial onde se pode comparar a diferença de valores e de projectos em relação à vida. O sonho de um lar, por parte de quem não teve os referenciais de uma família entra em choque com o sonho de uma carreira e a impossibilidade construída de criar um filho.

Frederico é o filho de Margarida e Rodrigo. Perdido entre a ausência da mãe e a preocupação excessiva do pai apaixonou-se por uma mulher mais velha, que lhe substitui a figura maternal.

Estas são as quatro personagens num jogo de afectos, memórias, equívocos e acusações. Como conseguirão gerir os quatro universos?

Ficha Técnica:
Autoria: Ana Cristina Oliveira
Encenação: Coletiva
Interpretação: Ana Oliveira, António Gambóias, João Evaristo, Nádia Gonçalves
Operação de luz e som: David Riedel
Fotografia: Zeta Duarte

Agradecimentos: Sociedade Recreativa Olhanense

Imagens:

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