Do Lado da Verdade, de Ana Cristina Oliveira
Na noite de 14 de Dezembro, pelas 23:45, Sidónio Pais está decidido a embarcar no comboio rumo ao Porto, alegadamente para estancar uma tentativa de revolta dos “trauliteiros”. Todos lhe pedem para que fique, garantem-lhe não ser segura a viagem e que o aguardam os conspiradores. Sidónio responde-lhes: “Ou eles, ou eu!” e ruma ao Rossio. É então que, por entre um grande aparato policial e uma imensa multidão de aplausos e vivas, uma arma fura o cordão policial, e quando o major transpõe a entrada do grande átrio da estação, são disparados dois tiros certeiros que o deitam por terra. O assassino, José Júlio da Costa, confessou ter morto o presidente com o intuito da matar a sua honra.
O texto parte da figura de José Júlio da Costa, que permaneceu detido no hospital Miguel Bombarda sem nunca ter chegado a ser julgado. A sua vida é contada a um jornalista que o entrevista, deparando-se posteriormente com inúmeros obstáculos que o impedem de publicar o seu trabalho.
Ficha Técnica:
Autoria e encenação: Ana Cristina Oliveira
Interpretação: António Gambóias e Henrique Prudêncio
Operação de luz e som: David Riedel
Conceção de vídeo: Henrique Prudêncio