Piano e contrabaixo no chalet João Lúcio

Os olhanenses foram brindados com uma noite especial. Dia 12 de Junho o místico chalé que o poeta João Lúcio mandou construir em Marim abriu as suas portas para uma partilha entre várias artes. Numa das alas da geométrica casa de Marim Paula Cardoso Rocha interpretou alguns temas musicais da sua autoria, que tocou ao vivo, acompanhada pelo contrabaixista Zé Eduardo. Outra ala da casa foi ocupada pela pintura de Graça Moniz, bisneta de João Lúcio. No centro da casa, onde emerge uma cúpula em forma de pirâmide de vidro, ecoou a voz da poesia interpretada por António José da Silva e, um pouco por todo o lado, dentro e fora da casa, duas dançarinas, Ana Oliveira e Ana Manjua, enrolavam e desenrolavam um fio de Ariadne, convidando o público a resolver o labirinto deste palacete que, desde sempre, foi dedicado às artes.

O público acorreu ao chamamento e encheu por completo esta mansão que sempre causou curiosidade nos habitantes de Olhão. Foram recebidos pela voz de António José da Silva que, do alto da varanda, disse poemas de Raul Brandão, Miguel Torga e João Lúcio. As bailarinas saíram pelas janelas, iluminadas pela centelha da inspiração, simbolizada na vela que acenderam no início do espectáculo e convidaram o público a visitar esta ancestral morada das artes.

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