Significado da palavra “Vivência” (lat. viventia): “o facto de ter vida, existência, experiência de vida, o que se viveu hábito de vida, exuberância de vida” (in Grande dlcionário Universal da Língua Portuguesa)

Este foi o título escolhido para o disco em virtude de espelhar o motivo, a forma e o conteúdo do mesmo.

Como indivíduos, “existir”, resulta invariavelmente de uma aculturação resultante da vivência sensorial com e para os outros. Não fugindo à regra, neste grupo misturam-se vivências únicas, resultantes das diferenças etárias culturais, geográficas, etc. dos respectivos elementos. Sendo trabalhoso, é na gestão e interacção desta riqueza humana que se descobre o prazer de (re)criar, preservando – na inovação – a autenticidade.

Pegar em músicas centenárias, cantarolá-las e descobrir a pura e singela beleza de melodias e letras que fizeram a nossa história é um raro prazer que me foi dado a descobrir. Comparável, só o júbiIo de as fazer renascer do ostracismo a que  foram condenados pelas sucessivas  metamorfoses sociais quo nos antecederam.

Sem querer cair no estereótipo “estar na moda”, parece-me imperioso tornar a chamada música dos nossos avós (também) na música dos nossos filhos. Como?… Espero, sinceramente, que a audição das músicas deste disco lhe estimule fruicão, ajude a “matar’ as saudades de um futuro desejado e Ihe aguce o apetite por outras audições do género. Já terá sido, por certo, meio caminho andado para a perpetuação nas gerações vindoiros do prazer em conhecer as suas origens através do música.

Paulo Cunha

Data de edição: 1997

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