World Press Photo 2024

“O júri ficou profundamente comovido com a forma como esta imagem evoca uma reflexão emocional em cada espectador. Composto com cuidado e respeito, oferece ao mesmo tempo um vislumbre metafórico e literal de uma perda inimaginável. Situado num ambiente médico geograficamente distante, ressoa globalmente, incitando-nos a enfrentar a nossa dessensibilização relativamente às consequências do conflito humano. A imagem tem várias camadas, representando a perda de uma criança, a luta do povo palestino e as 31 mil mortes na Palestina. Simbólica do custo do conflito, a imagem faz uma declaração sobre a futilidade de todas as guerras. O júri reconheceu que este fotógrafo foi premiado pelo mesmo tema há quase uma década, sublinhando a luta contínua pelo reconhecimento de uma questão tão premente.”

O júri considerou que “Esta história aborda uma questão de saúde universal através das lentes da família e do cuidado. A seleção de imagens é composta com carinho e ternura, lembrando ao espectador o amor e a proximidade necessários em tempos de guerra e agressão em todo o mundo. A história de Valim-babena traz à luz uma perspectiva sociológica crucial que desafia o isolamento transcultural dos idosos, retratando-os com dignidade e cuidado.”

O júri considerou que “Este projeto é um exemplo de narrativa dinâmica e de classe mundial. As imagens são ao mesmo tempo implacáveis ​​e respeitosas e transmitem as emoções íntimas presentes nas diversas jornadas dos migrantes. A preocupação com a migração ressoa em toda a região e o júri considerou que a própria posicionalidade deste fotógrafo como migrante proporcionou uma perspectiva sensível centrada no ser humano que centra a agência e a resiliência dos migrantes.”

“O júri considerou que este projeto foi o mais criativo na categoria Formato Aberto. As imagens emotivas são uma apresentação de destaque em meio a muitas entradas sobre a contínua invasão russa da Ucrânia. Contada por um fotógrafo ucraniano, o júri reconhece a perspectiva interna desta história, que é especialmente evidente no fio do simbolismo visual, no forte uso de sequências de cores e nas colaborações com um ilustrador e DJ ucraniano. O uso envolvente do áudio e da ilustração – principalmente no diário poético e nas gravações de áudio – se destacou, conferindo um caráter cinematográfico à obra.”